Vida de António Costa:

O meu avô nasceu a 16/08/1910 e casou com a minha avó Maria Ventura Garcia. Deste casamento surgiram três filhas entre 1940 e 1945. Entre elas a minha mãe, Maria Alice Garcia da Costa e as minhas tias Maria do Carmo e Maria da Conceição.

O meu avô era carpinteiro e segundo o que constava na aldeia era um muito bom artista.

Após nascer da terceira filha decidio emigrar para o Brasil onde trabalhou muitos anos como carpinteiro. 

Deve ter sido por volta do ano 1950.
Entre outros projetos ele trabalhou muito na construção da capital Brasília.

Lembra-me o meu avô contar muias histórias desse tempo no Brasil. 
Acho que também trabalhou mais tarde noutros países como África do Sul e Moçambique, mas não tenho bem a certeza.

Lembra-me do meu avô como uma pessoa muito bem educada, muito culta e muito respeitadora.
Mas também me lembra que ele tinha fortes convicções bastante socialistas, bastante anti-capitalistas.
Nunca acreditou que os americanos tivessem chagado à Lua em 1969…quem sabe se não tinha razão…

Após regresso da emigração ele trabalhou numa serração perto de Lagares. Sempre teve na parte de baixo da casa a sua carpintaria onde quase todos os dias era visitado por clientes que lhe pediam para fazer um armário ou uma arca.

Eu gostava muito do meu avô. Ele mostrou-me muito locais escondidos à volta de Lagares, tal como uma via romana
já quase totalmente escondida pela floresta.

Lembra-me muitas vezes a maneira dele falar, serviu-me de exemplo para ser repeitador e bem educado. E apesar de grande parte da família ser contra ele devido  ás suas opiniões políticas ele nunca falava mal de ninguém à minha frente. Mantinha sempre a sua educação. Eu aínda hoje lembro-me disso e acho que é assim que se deve ser e tento ser como ele.

Tenho muitas saudades do meu avô.

Querido avô, nunca te esquecerei!